INTRODUÇÃO
Atualmente a preocupação com o meio ambiente envolve toda sociedade e a educação ambiental da população tem que começar a partir do início, quer seja, a partir da Educação Infantil.
A questão ambiental é um tema muito comentado por uma razão simples: a necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na pré-escola. O objetivo definido pelo Referencial Curricular Nacional é observar e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de conservação.
Para falar sobre Educação Ambiental com crianças é importante abordar assuntos que produzam resultados ao alcance delas. Um bom exemplo é cultivar uma horta e depois colher as verduras e os legumes plantados. Outro aspecto importante é a educação para a coleta seletiva do lixo na ajuda da preservação ambiental.
Não se pode deixar de abordar com as crianças sobre a importância da água e, para isso, é necessário que se faça um conjunto de aulas teóricas e aulas-passeio focalizando as condições dos locais que recebem todo o esgoto da cidade, principalmente os rios e em regiões que não tem o saneamento básico. Procurar mostrar também as condições que tornam a água potável e o reconhecimento dos lençóis freáticos e outros meios de dessalinizar à água, principalmente em regiões que tem água imprópria devido o alto índice de sais, especialmente na região Nordeste, onde essa prática é comum em função da seca.
A educação ambiental, uma vez implantada, proporcionará à criança a oportunidade de manter um contato profundo com a natureza, ambientando-as às condições naturais que o mundo oferece em seu habitat.
2- JUSTIFICATIVA
A natureza é o bem mais precioso que o homem tem pois é dela que ele tira a sua sobrevivência. È por este motivo que a geração atual tem que começar a ensinar as gerações futuras como se deve preservar e minimizar a ação negativa que desagrega e destrói as nossas riquezas naturais.
É por isto que as escolas tem que começar a orientar suas crianças desde a pré-escola, para que elas já cresçam pensando em preservar o meio-ambiente e respeitando as leis da natureza.
Para se fazer um estudo ligado à área de meio-ambiente não precisa de muitos recursos financeiros e sim boa vontade, pois com cartilhas educativas e a boa vontade de professores que sejam orientados para tal, com certeza o assunto será tratado de maneira fácil e esclarecedora.
Para tanto, justifica-se a necessidade de se fazer um trabalho voltado para despertar o interesse das crianças, para que elas possam fazer descobertas que contribuam para o enriquecimento do saber e para a preservação do meio em que vivem, e assim, cresçam conscientes para não destruir o mundo que as rodeiam.
2.1- Situação Problemática
A atual política ambiental no mundo é um exemplo da situação crítica pela qual passam os programas de preservação do meio-ambiente. O avanço da tecnologia tem alcançado o nível de exagero fortemente influenciado pelo entusiasmo no âmbito científico. Polêmicas não ficam a parte das questões que envolvem a educação ambiental. Se de um lado a opinião pública enfatiza que medidas penalizadoras sejam aplicadas aos agentes poluidores, por outro lado, o fato de se introduzir na legislação as respectivas penalidades, podem representar que os poluidores recorram e tenham o direito de poluir.
A ausência de projetos governamentais que procurem ver as questões ambientais com mais intensidade e implante nas escolas disciplinas que orientem e eduquem as crianças a partir das primeiras séries do ensino fundamental é uma questão básica a ser discutida.
Eis que diante dessas questões surge a formulação do seguinte problema: - Existem políticas educacionais que procurem orientar as crianças e adolescentes a respeito da importância do meio-ambiente?
3- CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
Os órgãos do Governo ligados as áreas da natureza, como por exemplo os Ministérios da Agricultura, do Meio-ambiente, o Ibama, as Secretarias ligadas a estas áreas, e ainda uma união com o Ministério da Educação, pois estes são os que poderiam esclarecer e ajudar as escolas no processo de implantação de projetos ligados à preservação da natureza e à educação infantil/ambiental.
O estudo deve ser aplicado em todas as escolas públicas e particulares de todos os Estados e Cidades brasileiras, sem exceção, pois a preocupação em preservar o meio ambiente é uma questão que envolve todos os brasileiros.
4- OBJETIVOS
4.1-Objetivo Geral
Mostrar a importância da educação ambiental para o processo de formação de crianças e adolescentes no que diz respeito das questões ecológicas abordadas nas escolas.
4.2-Objetivos Específicos
4.2.1- Implantar desde a educação infantil um programa que procure tratar as questões ambientais;
4.2.2-Relacionar os problemas causados pela degradação do meio-ambiente;
4.2.3-Estudar os diversos fatores causadores da poluição na cidade e no campo;
4.2.4-Utilizar métodos que procurem na prática integrar criança-escola, natureza e sociedade.
5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos que descrevem a teoria necessária para fundamentar o presente estudo. Para tal, serão citados alguns autores os quais guiarão as discussões no que diz respeito à educação ambiental implantada nas grades curriculares das escolas que trabalham com educação infantil. Portanto, serão utilizados livros que servirão como material de apoio, tratando diretamente da educação ambiental e infantil, podendo orientar e inspirar trabalhos nesta área.
5.1- Um breve histórico da Educação Infantil
Segundo Rocha (2005 , p. 53), compreende-se como educação infantil, o período da vida escolar em que se atende pedagogicamente, crianças com idade de 0 a 6 anos.
No Brasil a lei de diretrizes e bases da educação o departamento educacional que atende crianças de 0 a 3 anos é denominado creche. Já o departamento que atende crianças acima de 4 anos é denominada de Pré-escola.
Há uma nova lei que obriga a antecipação de crianças de 6 anos no ensino fundamental, ou seja, primeira série.
As crianças são estimuladas a participar de atividades com brinquedos e jogos sem a busca de competição, só para exercitar suas capacidades motoras, além de fazerem descobertas, e iniciar o processo de aprendizagem.
5.2- Origem da Educação Infantil no Mundo
Pode-se afirmar que o modo de cuidar das crianças na Idade Média era baseado em alguns costumes herdados da Antiguidade,onde o papel das crianças era definido pelos pais. No mundo grego, os pais tinham todo poder e controle sobre os filhos,incluindo inclusive o direito de tirar-lhe a vida, caso rejeitasse. No mundo Germânico, além do pai ter o poder exercido no seio da família, existia o poder patriarcal, exercido pela dominação política e social.
Nas sociedades antigas, o “Status” da criança era nulo e sua existência no meio social dependia totalmente da vontade do pai. No caso das crianças deficientes e as meninas eram mandadas para prostíbulos, em lugar de serem mortas, em outros casos, as crianças pobres eram abandonadas ou vendidas. Com a ascensão do Cristianismo, o modo de lidar com as crianças mudou, apesar de ter sido um processo lento.
Segundo Cornel apud Rocha (2005), pode-se dizer que o seu início foi a partir dos grupos que se preocupavam com a formação de homens fortes para a guerra. Era a política de formação militar de Esparta. Em Antenas a preocupação com as crianças se constituía em uma prática de educação formadora de intelectuais (os filósofos).
5.2.1- A Educação Infantil no Brasil
A Educação Infantil no Brasil teve origem com as mudanças sociais e econômicas causadas pela revolução Industrial, que se alastrava pelo mundo todo. Naquele tempo as mulheres deixaram os lares, a criação dos filhos e os deveres domésticos, além dos cuidados com os maridos para entrarem no mercado de trabalho. Atrelado a estes acontecimentos, sob pressão dos trabalhadores urbanos, que viam nas creches um direito deles e de seus filhos, portanto, a luta por melhores condições de vida deu-se início ao atendimento da educação infantil no Brasil, referente ao atendimento de crianças de 0 a 6 anos.
A partir da década de 1920, deu início a uma nova configuração que defendia a democratização do ensino. A Educação significava a possibilidade de ascensão social e era defendida como direito de todas as crianças, consideradas iguais. (Kramer, apud Rocha, 2005, p. 55).
Na década de 30, o Estado assumiu o papel de buscar incentivo (financiamento) de órgãos privados que viriam a colaborar com a proteção da infância. Nesta década, passou-se se preocupar com a Educação Física e Higiene das crianças, como fator de desenvolvimento, tendo como principal objetivo, o combate à mortalidade infantil. Foi nesta época que se iniciou a organização de creches, jardins de infância e pré-escolas, de maneira desordenada e sempre de caráter emergencial, como se os problemas infantis criados pela sociedade, pudessem ser resolvidos por estas instituições.
Em 1940, surgiu o Departamento Nacional da Criança(DNC), com o objetivo de ordenar atividades dirigidas a infância, maternidade e adolescência, sendo administrado pelo Ministério da Saúde.
Nos anos 50, havia uma forte tendência médico-higiênica do Departamento Nacional da Criança, que desenvolveu vários programas e campanhas visando o combate à desnutrição, vacinação e diversos estudos e pesquisas de cunho médico realizadas no Instituto Fernando Figueira.
Já na década de 60, o DNC teve um enfraquecimento e acabou transferindo algumas de suas responsabilidades para outros setores, prevalecendo o caráter médico-assistencialista, enfocando suas ações em reduzir a mortalidade materna e infantil.
Em 1970, deu-se a promulgação da Lei 5692, de 1971, a qual faz referência a educação infantil, dirigindo-a como ser proveniente à educação em escolas maternais, jardins de infância e outros. Com base nesta pequena retrospectiva histórica,nota-se que a Educação Infantil surgiu com o caráter de assistência a saúde, preservação da vida e não se relacionando com a utilização tradicional. Segundo Souza (1986), a Pré-Escola surgiu da típica sociedade industrial urbana. Não surgia com fins educativos, mas para prestar assistência e não pode ser comparada com a história infantil, pois esta, sempre esteve presente em todos os sistemas e períodos das instituições educacionais, a partir dos gregos até os dias atuais, mesmo sofrendo transformações ao longo dos séculos.
5.2.2- Conceito de Educação Infantil
De acordo com Cornel apud Rocha (2005, p. 57-59), a educação infantil é a primeira etapa da formação intelectual da criança. Educação esta que se constitui em parte integrante da educação básica, e destina-se ao atendimento de crianças da pré-escola, podendo também considerar as primeiras séries do ensino fundamental. Este sistema educacional procura proporcionar à criança o bem-estar físico, afetivo, social e cultural, por meio de atividades lúdicas que procuram desenvolver e estimular a coordenação motora da criança, a fim de despertar a curiosidade, a espontaneidade e a harmonia no processo de iniciação ao aprendizado.
5.3- Histórico da Educação Ambiental
Para Czapski et alli apud rocha (2005, p. 205-208), apostilas de educação ambiental se intensificou a partir da década de 60. Com o lançamento do livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Grason, que alertava sobre os efeitos danosos de inúmeras ações humanas sobre o meio ambiente, como por exemplo: o uso de pesticidas.
De acordo com Guimarães (1998), no final dos anos 60 e início dos anos 70, o movimento “hippie” manifesta-se a favor da natureza. Na década de 1970, a poluição e o alerta contra o esgotamento dos recursos naturais começaram a trazer preocupações aos governantes. Onde, a ecologia tornou-se assunto de debate no processo de transformação da sociedade, pois com o crescente esgotamento de recursos naturais, decorrente do crescimento populacional desenfreado no final do século XX, fez com que a educação ambiental se tornasse parte integrante na formação do educando.
Em 1968 nasce o conselho para educação ambiental, no Reino Unido. Neste mesmo ano surge o clube de Roma que quatro anos depois produz o relatório “os limites do crescimento econômico” que estudou nações para se obter no mundo equilíbrio global com a diminuição do consumo tendo como determinadas prioridades às questões sociais.
Na década de 70 a entidade relacionada à revista britânica The Ecologist que elabora o “Manifesto para sobrevivência” onde insistiam que um aumento indefinido de demanda não pode ser sustentado por recursos finitos. Em 72 a conferencia das nações sobre o ambiente humano realizado em Estocolmo na Suécia propôs os principais resultados formais do encontro constituíram a declaração sobre o ambiente humano ou declaração de Estocolmo que expressa a convicção de que “Tanto as gerações presentes como as futuras, tenham reconhecido como direito fundamental”, a vida num ambiente sadio e não degradado “(Tamanes 1977)”.
Ainda na década de 70 as Universidades Federais do Rio Grande do Sul, Amazonas, Brasília, Campinas, São Carlos,e o instituto nacional de Pesquisas Aéreas - INPA em São José dos Campos criaram o primeiro curso de pós-graduação em Ecologia do país.
Em 1975 a UNESCO promoveu em Belgrado (antiga Iugoslávia, um encontro internacional em Educação ambiental – PIEA (Programa Internacional de Educação Ambiental), que formulou os seguintes princípios orientadores. Este programa surgiu em resposta às recomendações da conferência de Estocolmo. Ainda na década de 70: Foi realizada: foi realizada em 77 a Conferência Intergovernamental de Educação ambiental em Tbliri (ex- URSS) organizada pela UNESCO. Foi o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de Educação, que foi iniciado em 1975. Definiu-se os objetivos, as características da Educação ambiental, assim como as estratégias pertinentes ao Plano Internacional. Neste mesmo ano no Brasil, o Conselho Federal de Educação, tornou obrigatória a disciplina Ciências ambientais em Cursos Universitários de engenharia. No ano posterior a disciplina foi incluída nos cursos de Engenharia Sanitária que já inseriram as matérias de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental. Além da realização do Seminário de Educação Ambiental para América Latina realizado pela UNESCO e o Departamento do Ensino Médio (MEC) publicam o documento “Ecologia – Uma proposta para o ensino de primeiro e segundo graus”.
Nos anos 80, o parecer 819/85 do MEC, reforça a necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de formação do ensino de primeiro e segundo graus,integrados a todas as áreas do conhecimento de forma sistematizada e progressiva possibilitando a “formação da consciência ecológica do futuro cidadão”.
Segundo Guimarães (1998), na década de 1980, o termo Educação Ambiental (EA) tornou-se uma grande necessidade, pois apresenta uma nova dimensão a ser incorporada ao processo educacional, trazendo toda uma recente discussão sobre as questões ambientais e as conseqüentes transformações de conhecimentos, valores e atitudes, diante de uma nova realidade a ser constituída;
No ano de 1987, a estratégia internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90 – documento final do Congresso Internacional sobre educação e formação relativo ao meio-ambiente, realizado em Moscou (Rússia), promovido pela UNESCO, ressalta a importância da formação de recursos humanos nas áreas formais da Educação Ambiental nos currículos de todos os níveis. Neste mesmo ano,o plenário do Conselho Federal de Educação, aprovou por unanimidade, a conclusão da Câmara de Ensino a respeito do parecer 226/87, que considerava necessária a inclusão da Educação ambiental dentre os conteúdos a serem explorados nas propostas curriculares das escolas, bem como surgiria a criação de centros de Educação ambiental. Em 1988, com a Constituição da República Federativa do Brasil que dedicou o capítulo VI ao Meio ambiente e no Art. 225, Inciso VI, determina ao poder público, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino.
Ainda na década de 80, realizou-se o primeiro Congresso Brasileiro de Educação Ambiental no rio Grande do Sul. E o primeiro Fórum de Educação ambiental promovido pela CECAE/USP, que mais tarde foi assumido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental. Em 89 foi realizada a 3a. Conferência Internacional sobre Meio-Ambiente e Escola em Illinóis/USA.
Na década de 90, as discusões a respeito da problemática ambiental se intensificaram. Foi criada a Declaração Mundial sobre Educação para todos: Satisfação das Necessidades Básicas de aprendizagem, aprovada na conferência Mundial sobre educação, realizada em Jontien (Tailândia. A declaração objetivava reiterar os membros da sociedade a respeitar e desenvolver a sua herança cultural, lingüística e espiritual de promover a educação de outros, defender a causa da justiça social e proteger o meio-ambiente”.
Em 91, foi criada a Portaria 678 do MEC, que determinou que a educação escolar deveria contemplar a Educação Ambiental permeando todo currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino. O Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação ambiental promovido pelo MEC e SEMA, contou também com o apoio da UNESCO/Embaixada do Canadá em Brasília, com a finalidade de discutir diretrizes para a Política de Educação Ambiental.
Em 92, a conferência da ONU sobre o Meio-Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92, o MEC promoveu em Jacarepaguá em Workshop com o objetivo de solicitar os resultados das experiências nacionais e internacionais de Educação ambiental, além de discutir metodologias e currículos. Do encontro resultou a carta brasileira para a educação Ambiental. No ano de 1993, o Ministério do Meio ambiente criou a Portaria 773, que instituiu em caráter permanente um grupo de trabalho para a Educação Ambiental, com o objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para implantação da Educação Ambiental nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades, concretizando as recomendações aprovadas na Rio/92.
Ainda na década de 90, foram criadas alternativas, como a Proposta Nacional de Educação Ambiental – PRONEA, elaborada pelos Ministérios: Ministério da Educação, Ministério do Meio-ambiente, Ministério da Integração Nacional, Ministério das Ciências e Tecnologia. Foi criado também, a Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no conselho nacional do Meio-ambiente – CONAMA, Câmera esta determinante para o fortalecimento da Educação ambiental.
Em 1996 a Lei no. 9.276 estabelece o Plano Plurianual do Governo de 1996 a 1999, que define os principais objetivos ligados à área de Meio Ambiente. Da divulgação e uso de conhecimentos sobre tecnologias de gestão sustentável dos recursos naturais. A conferência Internacional sobre o Meio Ambiente e Sociedade: Educação e consciência Pública para a sustentabilidade, realizada em Tchessaloniki em 1997, onde houve o reconhecimento que, passados cinco anos da conferência Rio-92, entretanto, esse encontro foi beneficiado pelos numerosos encontros internacionais realizados em 97, na Índia, Tailândia, México, Cuba, Brasil, Grécia, entre outros.
No final da década de 90, a coordenação de Educação Ambiental do mEC promove oito cursos de capacitação de multiplicadores de educação, a Coordenação de Educação Ambiental é inserida na Secretaria de Ensino Fundamental – SEF no MEC, após reforma administrativa. Depois de promulgada a Lei de no. 9795 de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação ambiental, a que deverá ser regulamentada após discussões na Câmara Técnica Temporária de Educação ambiental CONAMA. A Portaria 1648/99 do MEC, cria um grupo de trabalho com representantes de todas as sua Secretarias para discutir a regulamentação da Lei 9795/99. O Ministério da Educação propõe o Programa PCNs em ação, atendendo às solicitações dos Estados.
A partir do ano 2000, outros temas transversais foram abordados. A Educação Infantil e o Meio- Ambiente e o desenvolvimento de novas tendências para a educação no campo e em outros.
5.4 – Conceito de Meio-Ambiente e Educação Ambiental
Entende-se como Meio-Ambiente, todos os elementos que constituem o lugar que constituem o lugar, o espaço onde o ser humano vive e forma o seu habitat. Fazem parte do meio ambiente: além das paisagens naturais, as habitações das cidades e do campo, as estradas, as avenidas, etc. Percebe-se que alguns dos elementos formadores do meio ambiente, como a vegetação, os rios, os solos, etc, são produzidos diretamente pela natureza, outros porém, são resultados da atividade humana, podendo assim, dividir o meio-ambiente humano em meio ambiente natural ou paisagem natural e meio social ou cultural.
Segundo Manoel Arroyo (2004) essa divisão é antes de tudo didática (feita apenas para facilitar o entendimento), não correspondendo à realidade, pois nos dias atuais é difícil encontrar elementos que sejam apenas naturais (sem nenhuma interferência humana). Tendo em vista que muitos elementos culturais também costumam ser influenciados pelo meio natural.
Aloísio Ruschinsky (2002), define meio-ambiente, como um conjunto dos processos abióticos e bióticos existentes na terra, passíveis da influência e da ação humana.
Já em relação à Educação Ambiental, pode-se dizer que o seu conceito varia de interpretações, de acordo com cada contexto, conforme a influência e vivência de cada um.
Para muitos, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter basicamente naturalista.
Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, embasado na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista). Neste contexto, a Educação Ambiental é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos sócio-ambientais).
Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental podemos dizer que se trata de uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos especialistas, uma Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável é severamente criticada pela dicotomia existente entre "desenvolvimento e sustentabilidade".
6- APRESENTAÇÃO DE HIPÓTESES
• A educação ambiental além de estudar os diversos fatores utilizados na interação criança natureza, uma vez, implantada nas grades curriculares das escolas que trabalham com crianças e adolescentes ajudará na formação sócio-cultural de homens e mulheres conscientes da importância que a natureza representa para a existência da vida no planeta Terra?
• Para falar de educação ambiental com crianças é importante que se aborde resultados ao alcance delas. Como por exemplo: as aulas passeios em regiões que estão sendo exploradas e degradadas pela ação do homem?
• A criação de escolas fazendas, escolas chácaras, poderá despertar na criança o interesse pela proteção do meio ambiente?
• As aulas práticas têm como meta integrar a criança ao meio ambiente além de despertar a curiosidade de conhecer melhor a natureza, e também, os agentes poluidores que tanto atrapalham e modificam a qualidade de vida dos seres vivos?